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GUIA DOS TANQUES DE MOLA


O objetivo deste guia é fornecer aos usuários dos produtos molll uma referência no momento de: 

  • tirar dúvidas sobre a sonoridade dos modelos de tanque de mola; 

  • escolher e diferenciar entre os produtos oferecidos em nosso site; 

  • entender dos procedimentos de utilização e tomar os cuidados básicos ao usar os produtos molll; 

  • saber relacionar questões técnicas dos tanques de mola no contexto de produção musical.  


Não é o objetivo deste guia ensinar a engenharia do tanque de mola ou explicar como suas peças funcionam. Propomos detalhes relacionados a lógica de funcionamento dos tanques para tirarmos proveito na produção musical e na utilização dos nossos produtos. 

ÍNDICE

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QUAL É A SONORIDADE DE CADA TIPO DE TANQUE?

A sonoridade dos tanques de mola varia de acordo com a quantidade de molas, o comprimento do tanque e o decay. 

- Padrão geral da sonoridade dos tanques -

  • Em geral, tanques com três molas têm mais graves do que tanques com duas molas. O espectro de frequência será mais abrangente com mais molas no tanque. 

  • Os tanques com três molas apresentam mais difusão da reverberação do que os tanques com duas molas. Mais difusão dá a sensação de que a cauda do reverb é mais preenchida. 


  • Os tanques com duas molas vão ter mais definição do sinal de reverb e menos preenchimento tanto nas frequências como na complexidade das caudas. 

  • Os tanques com duas molas reagem mais à dinâmica do que os tanques com três molas (em relação ao sinal reverberado). 

  • Quanto maior o tanque, mais complexa e aguda será a reverberação (mas não necessariamente perde os graves).


  • Tanques pequenos normalmente são mais graves do que tanques grandes. 


  • Quanto maior o tanque, mais ele terá o slapback (atraso inicial) da reação das molas. O efeito de drip pode ser mais aparente com os tanques grandes (a depender do circuito de reverb).


  • Os tanques pequenos reagem menos à dinâmica do que tanques grandes. O sinal do reverb em tanques pequenos têm menos atraso inicial e são mais "colados" no sinal limpo do que em tanques grandes. Por causa disso e da resposta mais grave, eles não têm tanto drip. 

  • Os decays dos tanques definem o tempo médio da duração das caudas do reverb. Para tanques de mola, esse parâmetro é uma média de tempo definida na fabricação da peça. Os tempos médios de decay dos tanques de mola podem ser: decay curto de 1,2 a 2 segundos; decay médio de 1,75 a 3 segundos; e decay longo de 2,75 a 4 segundos. 

Trabalhamos com tanques de mola com 2 ou 3 molas e de três tamanhos diferentes: P (18cm), M (23,5cm) e G (43cm). Todos nossos tanques são oferecidos com decay médio (1,75 a 3 segundos) e alguns modelos específicos com decay longo (2,75 a 4 segundos). Consulte a disponibilidade em nossa Loja

Veja a tabela comparativa entre os tanques: 

Tanques molll

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- Características que definem o som de um tanque de mola -

Os aspectos sonoros que vamos indicar para as características dos tanques se referem a como ele reage ao sinal do instrumento para produzir o efeito de reverb. Essas características podem variar a depender do instrumento e tipo de sinal que é introduzido no tanque. Consideramos aqui os sinais de guitarras elétricas.


Vamos fazer o paralelismo entre a reverberação de ambientes acústicos e o reverb dos tanques de mola para explicar a relação analógica entre os fenômenos. Não vamos entrar em detalhes de como as questões físicas dos tanques influenciam no som. Isso é tratado na secção Entendendo as diferenças físicas e sonoras entre os tanques. (Em Breve) 


  • comprimento do tanque simula o tamanho do ambiente que reflete as ondas:

  1. define o atraso inicial do reverb e a resposta de frequência;

  2. também está relacionado a como o tanque reage a dinâmica do instrumento que excita as molas; 

  3. quanto maior o comprimento de um tanque, maior será o atraso inicial da reverberação e a nossa percepção de dinâmica das molas. 


  • número de molas simula o preenchimento do espectro de frequência das ondas refletidas: 

  1. define o espectro de frequência do sinal reverberado;

  2. também está relacionado à complexidade do atraso inicial do reverb; 

  3. quanto mais molas em um tanque, maior será a resposta de frequência e ele também apresentará mais difusão no atraso inicial. 


  • decay do tanque simula o quanto as superfícies de um ambiente acústico são reflexivas: 

  1. é o tempo médio em que as reflexões secundárias do reverb duram até não serem mais perceptíveis;

  2. pode ter um tempo médio maior ou menor a depender da manufatura do tanque; 

  3. quanto maior o decay de um tanque, mais a cauda do reverb demora para não ser mais audível. 

Em suma, o comprimento e a quantidade de molas simulam as características gerais de espaços acústicos, como distâncias entre superfícies reflexivas e resposta de frequência, e o decay simula a refletividade, uma característica específica das superfícies de reflexão. 

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COMO CONECTAR O REVERB MINI AO TANQUE DE MOLA?

1. Utilizando o cabo disponibilizado com seu produto (P10/RCA), conecte a extremidade com o plugue P10 no jack Rvb In/Out do pedal. 

2. Conecte a extremidade do cabo com os plugues RCA (vermelho e preto) no tanque de mola. 

3. Verifique se o cabo RCA está corretamente conectado pelas cores indicadas nos plugues.

conexão tanque - mini.jpg

ATENÇÃO

Antes de começar a usar o tanque de mola, não se esqueça de retirar a espuma de retenção das molas pela abertura na parte inferior do tanque. Siga os passos indicados na imagem abaixo: 

espuma tanque.jpg
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COMO TRANSPORTAR OS TANQUES DE MOLA?

Recomendamos o uso da espuma de retenção das molas toda vez que o tanque for transportado. Não é preciso o uso da espuma para trajetos curtos e sem impacto intenso, mas se você for transportar o tanque em uma viagem longa ou com muita vibração, a espuma se torna necessária para manter as molas intactas e ilesas. 


Cuidado para nenhum objeto cair dentro do interior do tanque. Isso pode danificar as molas e impedir o funcionamento do produto. A espuma de retenção das molas também serve para impedir que objetos entrem pela abertura e danifiquem o seu produto durante o transporte. 


Siga os passos na imagem abaixo para preparar o tanque de mola para o transporte. 

tanque transporte.jpg
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CUIDADOS COM OS TANQUES DE MOLA

Nesta seção vamos apontar alguns cuidados e bons costumes para os usuários dos produtos molll aproveitarem ao máximo seu produto analógico. 


Atenção: Se estiver ocorrendo algum problema com seu aparelho, leia atentamente essa seção e também a seção Solucionando Problemas Comuns para tentar solucionar. Caso não haja resultado, entre em Contato com a gente. 


Não insira objetos cortantes e afiados pela abertura do tanque. 

  • Tome cuidado para não deixar objetos cairem dentro do tanque pelos espaços que dão acesso ao interior. Isso pode danificar o sistema das molas e impedir o funcionamento. A espuma de retenção também serve para impedir que objetos grandes entrem e danifiquem o seu produto durante o transporte. 


Utilize sempre os cabos de conexão disponibilizados com seu produto. 

  • Todos nossos cabos de conexão são produzidos pensando no menor ruído e no aproveitamento de seu sinal. Não use cabos sem isolamento, blindagem e com plugues danificados. A qualidade do cabo pode interferir no desempenho do produto e na fidelidade sonora do efeito de reverb. 

Não deixe o tanque de mola muito perto de uma fonte de energia. 

  • Não deixe que o tanque fique muito perto da fonte de pedais e outras fontes de energia como transformadores, estabilizadores, tomadas de energia e cabos de alta tensão. ​

  • Caso você precise posicionar o tanque perto de sua fonte de pedal por questões de espaço no pedalboard, deixe a fonte o mais distante possível da saída (output) do tanque (plugue na cor vermelha nos tanques Médios e Longos, e plugue na cor branca nos tanques Pequenos). 


Para evitar interferências nos tanques de mola: 

  • Nossos produtos são projetados para evitar ao máximo interferência eletromagnética e de rádio frequência. No entanto, dependendo da intensidade da fonte ou antena perto do tanque, é difícil reduzir a interferência por completo. 

  • Fique atento a alguns objetos que podem induzir interferências nos tanques de mola: 

eletroeletrônicos como celulares, computadores, equipamentos wireless, antenas, lâmpadas e iluminação artificial de tecnologias diversas; 

superfícies como mesas de diferentes materiais, pisos de diferentes materiais e chapas de metal  e madeira também podem induzir interferência no tanque de acordo com o posicionamento e relação a outros equipamentos eletrônicos. 

  • Para minimizar a interferência eletromagnética, sugerimos que distancie o tanque ao máximo das fontes de interferência e tente posicioná-lo em diferentes ângulos e orientações. Um pouco mais de distância ou um ângulo diferente pode reduzir muito nesses casos de interferência. 

Evite utilizar o tanque em locais propícios a muita vibração e impacto. 

  • Durante o uso do tanque de mola, não é recomendável posicioná-lo em locais em que possa sofrer impactos intensos (em cima de amplificadores, na frente de falantes, perto de instrumentos percussivos, etc.). Isso pode gerar um forte ruído na saída do efeito e danificar os equipamentos de som. Se quiser ouvir o som das molas batendo como um efeito especial, não se esqueça de diminuir o controle de Wet do efeito para atenuar o volume. ​

  • As borrachas de isolamento disponibilizadas com seu tanque de mola evitam que ele reaja a vibrações mais leves que causam trepidação nas molas. Essa interferência física pode ser legal como um efeito especial, mas sempre escolha utilizar as borrachas para otimizar o desempenho do efeito de reverb. ​

  • Prefira posicionar o tanque com a abertura das molas para baixo e as borrachas de isolamento em contato com a superfície, mas tente mudar o posicionamento para evitar interferências eletromagnéticas ou para encaixar em baixo do pedalboard. Alguns tanques podem sofrer mais interferência física quando colocados de cabeça para baixo. Verifique se a calha das molas está suspensa quando o tanque está de cabeça para baixo. Se a calha não estiver corretamente suspensa (encostando em alguma parte da chassis), o tanque de mola pode sofrer interferência física com mais facilidade. ​

  • O preferível é deixar o tanque na parte superior do pedalboard junto de seus outros pedais ou fixá-lo em baixo de seu pedalboard (cuidado para não deixar o tanque muito perto da fonte, que causa interferência). Também é possível colocar o tanque dentro de seu amplificador desde que seja posicionado na parte inferior, em baixo do falante e que esteja bem fixado na superfície. Evite posicionar o tanque de mola em cima de amplificadores, na frente de falantes ou perto de instrumentos percussivos para não ocorrer interferências físicas.

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CUIDADOS COM OS PEDAIS - MINI

  • Utilize sempre os cabos de conexão disponibilizados com seu produto.


  • É normal o plug P10 do cabo de conexão ao tanque não entrar totalmente na entrada “Rvb In/Out”. Não force a entrada completa desse plug porque isso pode danificar as conexões internas. Se o plug estiver totalmente inserido no jack, tente retirá-lo minimamente para ele encaixar melhor nos terminais de conexão. 


  • Antes de atribuir qualquer ruído ao pedal, verifique se o ruído provém de alguma interferência ao tanque de mola e mude o tanque de posição (diminua o volume ou desligue o pedal antes de deslocar o tanque pois as molas produzem um estalo muito forte). 

  • Verifique se o ruído não vem antes do reverb na cadeia de sinal, podendo ser de outros pedais, cabos ou também do instrumento como, por exemplo, o hum de captadores single-coil . 


  • Para altos níveis de volume do reverb, a posição da chave Surf para cima acrescenta mais ruído (um leve sopro constante). Nesses casos, considere utilizar a chave para baixo com o controle Tone configurado para mais agudos (sentido horário). 


  • Para diminuir o ruído característico do reverb independentemente da posição da chave Surf, tente utilizar o “Wet” (volume do reverb) em conjunto com o “Volume” (volume do sinal limpo). Imagine que você está equalizando dois canais de áudio: um com o sinal limpo, que é mais evidente na mix e com mais volume; e outro com o sinal do reverb, mais sutil e no fundo da mix. Atenuando o sinal limpo você pode chegar em configurações com mais reverb sem produzir os ruídos característicos do circuito e do tanque de mola. Considere aumentar o volume do amplificador (ou dos outros pedais) e diminuir o volume do sinal limpo do pedal para deixar o reverb mais evidente. 


  • Lembre-se que o Mini é um pedal analógico e que o tanque de mola sempre vai reproduzir o reverb baseado nas características de reação das molas, que podem produzir desde um arredondamento geral e atenuação do sinal até uma distorção com decays inconstantes e picos de ressonância. ​O que mais define a maneira que o tanque vai reagir não são os controles do pedal, mas o sinal do instrumento e dos efeitos colocados antes na cadeia de sinal. Assim, um sinal de uma guitarra com pouco volume e com tonalidade muito grave dificilmente vai ter uma reprodução de reverb com volume alto e agudo. Para ter completo controle sobre as tonalidades que o tanque de mola reproduz, é preciso estar atento à tonalidade do seu instrumento e às configurações de outros efeitos. Outro fato a se levar em consideração é o tipo de tanque de mola e as suas características de reprodução de áudio. No Mini, aprimoramos o circuito para ser o mais completo possível em termos de tonalidade e controle de ganho visando o sinal de instrumentos de corda, instrumentos de teclas, sintetizadores e dos efeitos mais usados na produção musical. Para todos esses tipos de sinais, os controles de ganho e tonalidade do reverb (Gain e Tone) moldam o efeito das molas para aplicá-lo em situações de mixagem do sinal reverberado. 

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SOLUCIONANDO PROBLEMAS COMUNS

Aprenda como sanar os problemas mais comuns com os tanques de molas e equipamentos de reverb a partir de diferentes situações e seus ruídos característicos.  

Reverb muito baixo:

  • Verifique se a conexão ao tanque de mola está correta. Veja a maneira correta de conexão na secção "Como conectar o Reverb Mini ao tanque de mola?".

Estalo alto durante o acionamento do pedal (pop):

  • Estalos da chave de acionamento são normais e o som pode ficar mais evidente com mais volume e ganho no pedal. Ocasionalmente o estalo pode ser muito alto e ocorrer alguma distorção durante o uso do efeito. Nesse caso, verifique se o cabo do tanque de mola está conectado corretamente. É normal o plug P10 do cabo de conexão ao tanque não entrar totalmente no jack. Se o plug estiver totalmente inserido no jack, tente retirá-lo minimamente para ele encaixar melhor nos terminais de conexão. 

Ruído grave e constante no reverb (hum):

  • Ruídos provenientes de interferência de fontes de energia aos tanques de mola são similares ao hum de amplificadores e de captadores single-coil (constantes e graves). Nesses casos, a melhor maneira de reduzir o ruído é identificar a fonte de interferência e distanciar o tanque ao máximo. A preferência é distanciar a saída (output) do tanque, marcada com o conector vermelho nos tanques Médios e Longos e o conector branco nos tanques Pequenos. Antes de reposicionar o tanque de mola, verifique se o ruído não vem antes do pedal de reverb na cadeia de sinal, podendo ser de outros pedais, cabos ou também do instrumento, como do hum de captadores single-coil. 

Ruído agudo no reverb (chiado), constante ou intermitente (oscilações): 

  • Ruídos agudos são geralmente induzidos no tanque de mola por equipamentos eletroeletrônicos, mas podem ser também provenientes de superfícies que refletem alguma onda de interferência, por exemplo: mesas de diferentes materiais, pisos de diferentes materiais, chapas de metal ou madeira. Nesses casos, recomendamos o reposicionamento do tanque. Tente posicioná-lo em diferentes ângulos e orientações em relação à superfície. Mudanças no ângulo e na orientação do tanque normalmente já fazem muita diferença e não se faz necessário distanciá-lo tanto. 

Chiado leve e constante no reverb (hiss): 

  • Por causa do tanque de mola e ganho dos circuitos de reverb, configurações com muito volume vão produzir um ruído característico dos circuitos com tanque de mola (um leve sopro constante). O ruído pode ser mais evidente a partir da posição do meio dia no controle de Wet e vai ser mais intenso com a chave de surf virada para cima (aplicável apenas para os modelos que apresentam essa função). Veja na secção Cuidados com o Pedal para algumas maneiras de reduzir o ruído característico do efeito. 

Sem sinal de reverb ou reverb intermitente: 

  • Diminua o volume do reverb no controle de Wet e verifique se o cabo está conectado corretamente ao pedal e ao tanque de mola. É normal o plug P10 não entrar totalmente na entrada do pedal (Rvb In/Out). Se o plug estiver totalmente inserido no jack, tente retirá-lo minimamente para ele encaixar melhor nos terminais de conexão. Também mude o cabo de posição para descartar algum mal-contato. Deixe todos os controles na posição do meio-dia e verifique se o sinal está chegando ao pedal. 

Distorção sem reverb: 

  • Diminua o volume do reverb no controle de Wet e verifique se o cabo está conectado corretamente ao pedal e ao tanque de mola. É normal o plug P10 não entrar totalmente na entrada do pedal (Rvb In/Out). Se o plug estiver totalmente inserido no jack, tente retirá-lo minimamente para ele encaixar melhor nos terminais de conexão. Também mude o cabo de posição para descartar algum mal-contato. Deixe todos os controles na posição do meio-dia e verifique se o sinal está chegando ao pedal.

Reverb com distorção: 

  • A distorção é normal a partir da posição do meio-dia no controle de ganho do reverb (Gain). Essa posição pode variar de acordo com o sinal que é mandado ao pedal e vai ocorrer mais rapidamente com efeitos de alto ganho colocados antes do pedal na cadeia de sinal. Captadores com saídas muito quentes vão produzir a distorção do reverb mais facilmente. 

  • A distorção também pode vir de frequências graves estimulando o tanque de mola. Posições mais graves do controle de Tone vão distorcer o efeito do pedal com mais facilidade. 

  • No caso do pedal estar com pouco ganho no controle de distorção (Gain) e ainda apresentar muita distorção, verifique a sua cadeia de sinal para identificar algum efeito que possa estar empurrando o pedal de reverb para a distorção (controles de volume, ganho, fuzz, distorção, etc). 

Trepidação das molas: 

  • O efeito de trepidação das molas ocorre devido às ondas sonoras no ambiente em que o tanque se encontra. Se o tanque estiver logo em frente a um alto falante, as molas podem reagir conforme a interação das vibrações sonoras e a superfície em que o tanque se encontra. Dependendo dos picos de ressonância (frequências mais aparentes), o volume da fonte sonora não precisa estar muito alto para as molas trepidarem. Em geral, o que mais causa esse efeito é o contato do tanque com a própria superfície em que ele encosta. 

  • Para diminuir a trepidação, sugerimos o uso das borrachas de isolamento e o posicionamento do tanque com a abertura para baixo. 

  • Mantenha as borrachas de isolamento em contato com a superfície e verifique se algum objeto está em contato com a chassis do tanque de mola. Nesse caso, retire os objetos em contato com o tanque. 

Estalo alto das molas: 

  • O estalo das molas normalmente ocorre ao mexer diretamente nas molas ou ao mover o tanque e as molas balançarem com força. Esse efeito pode ser muito alto e sugerimos diminuir o volume ou desligar o pedal antes de deslocar o tanque. Não recomendamos manipular as molas diretamente para prolongar a sua vida-útil, mas se for fazê-lo, não utilize objetos cortantes ou pontiagudos. Diminua o volume do pedal mesmo se for manipular as molas levemente e com objetos macios ou acolchoados. 

  • Se houver algum efeito de estalo enquanto o tanque estiver em repouso e não houver nenhum contato direto com as molas, verifique se o ganho antes do pedal de reverb está muito alto. A intensidade do sinal pode causar o estalo das molas, mas é incomum isso ocorrer. Para testar se o estalo provém do nível de sinal, coloque o ganho do pedal de reverb na posição de 9 horas e retire os outros efeitos de sua cadeia de sinal. Se o tanque ainda apresentar estalos com pouco ganho no sinal, entre em contato com a gente. 

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ESPECIFICAÇÕES E CONECTIVIDADE DOS TANQUES MOLLL

Oferecemos diversos tanques de mola para você usar em nossos produtos e todos são compatíveis entre si, ou seja, você pode plugar qualquer modelo de tanque a qualquer pedal de reverb da nossa linha sem precisar de ajustes ou modificações (aplicável apenas para pedais com jack para tanque externo). O que vai variar em nossos tanques são apenas as especificações que afetam a sonoridade do reverb: a quantidade de molas, o comprimento do tanque e o tempo de decay. 


Modelos de tanques de mola que oferecemos: 


  • Tanque Pequeno Belton: 

Duas molas (P2) ou três molas (P3);

Formato compacto e comprimento de 18cm; 

Decay médio ou longo. 

  • Tanque Médio Accutronics: 

Duas molas (M2) ou três molas (M3); 

Modelo de comprimento curto - 23,5cm; 

Decay médio. 

  • Tanque Grande Accutronics:  

Duas molas (G2) ou três molas (G3); 

Modelo de comprimento longo - 43cm; 

Decay médio ou longo. 

Os tanques de mola da molll têm uma caracterização exclusiva com chapa de aço protetora e todos acessórios da nossa marca. Antes de serem enviados para o consumidor, nossos tanques são testados com equipamento especializado para certificar as especificações da Accu-Bell e garantir o funcionamento em nossos produtos. Garantimos o funcionamento dos tanques em produtos de terceiros desde que o tipo de equipamento seja compatível com as especificações do fabricante. Sugerimos para uso em nossos produtos os tanques da Accu-Bell, produtora das marcas Accutronics e Belton. Não garantimos o funcionamento de nossos pedais com peças e tanques de mola de outras marcas que não as referidas nesse texto. 

Seguindo o padrão de código da Accutronics e da Belton, aqui estão dispostas as especificações dos tanques de mola compatíveis com nossos produtos: 

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CÓDIGOS E ESPECIFICAÇÕES DOS TANQUES ACCUTRONICS E BELTON

Os tanques de mola das marcas Accutronics e Belton seguem um código alfanumérico com cada dígito representado uma especificação: 

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O QUE É O EFEITO DE REVERB E O QUE SÃO OS TANQUES DE MOLA?

O que é o efeito de reverb? 

O efeito de reverb provém do fenômeno de reflexão sonora de um ambiente acústico, chamado também de reverberação. O efeito é tanto no âmbito acústico da propagação do som, como também perceptivo, da nossa recepção às ondas propagadas (Psicoacústico). Todo ambiente acústico tem certos parâmetros que definem como nós interpretamos a sua reverberação. Alguns ambientes podem ser mais reflexivos, como banheiros e igrejas, ou menos reflexivos, como salas de cinema e quartos pequenos com muita mobília. Existem diversos fatores que definem como um ambiente reage às ondas sonoras e aqui vamos abordar apenas os que se relacionam com o objetivo do texto, que é explicar como o efeito do tanque de mola é análogo à reverberação de um ambiente acústico. 

A principal característica dos ambientes acústicos é o tamanho e a distância que o ouvinte se encontra das superfícies de reflexão. Esse parâmetro é definido pelo tempo que demora para uma onda sonora (considerando o ouvinte como a própria fonte sonora) ir até as superfícies de reflexão (paredes, chão, teto ou objetos) e chegar até o ouvinte, que percebe uma onda refletida (primeira reflexão). Na realidade, a primeira onda sonora a chegar ao ouvinte que emite um som é a onda do som direto, que não foi refletida em nenhuma superfície, e a segunda onda é a primeira reflexão, que só foi refletida uma vez até chegar no ouvinte. Nós percebemos e interpretamos o tamanho do ambiente pelo tempo que as ondas sonoras demoram para ir e voltar até as superfícies de reflexão a partir de um ponto de emissão e outro de recepção. Esse período inicial que a onda demora para percorrer se chama atraso inicial ou tempo de atraso (delay time, em inglês). Para exemplificar esse parâmetro da reverberação, imagine a sensação de estar em uma sala grande (sem muitos objetos e revestimentos nas superfícies) em contraste com um banheiro pequeno. Em um ambiente que o som vai percorrer um percurso maior para voltar até você, como em uma sala grande, você percebe com mais facilidade o período de tempo mais longo até a emissão inicial voltar. Em contraste, esse efeito é muito reduzido em um banheiro pequeno mesmo se ele tiver as superfícies muito reflexivas e poucos objetos para absorver as ondas sonoras. Sempre estamos interpretando os ambientes a nossa volta por meio desse fenômeno, mas existe um limiar em que o som deixa de ser um atraso de reverberação a passa a ser interpretado de outra maneira: como um eco, uma reflexão sonora em uma superfície muito longe da emissão. Em casos que a superfície de reflexão está muito longe da emissão (a partir de 17 metros e a depender de outras variáveis), o atraso da reflexão é longo o suficiente para percebermos uma onda sonora completamente separada da emissão. Nesse caso, a nossa interpretação muda de acordo com aspectos físicos do ambiente acústico e o efeito criado é diferente. Aqui vamos considerar apenas o efeitos relacionados à reverberação sem um eco tão evidente. 

Outro parâmetro importante sobre como nós interpretamos a reverberação natural do ambiente são as reflexões secundárias. Após a primeira onda refletida, o processo de reflexão continua, mas as ondas vão perdendo a intensidade até não serem mais perceptíveis. Esse tempo de duração das reflexões secundárias é chamado de decay, ou tempo de decay/decaimento/redução do sinal (decay time). Podemos perceber as reflexões secundárias por mais tempo e com mais definição se um ambiente não absorver tanto as ondas sonoras, ou seja, se ele tiver superfícies mais reflexivas pra continuar refletindo as ondas sucessivamente. Esse parâmetro do efeito da reverberação é controlado pelos materiais que compõem as superfícies de reflexão e se há impedimentos para as ondas sonoras no espaço acústico. Ambientes controlados como estúdios são tratados com absorção e difusão para controlar a reflexão e resposta de das ondas e também para limitar a duração do decay.

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O que é um tanque de mola? 

Os tanques de mola são equipamentos eletrônicos que, por meio dos princípios do eletromagnetismo, induzem um sinal em uma mola e captam o som para ser reintroduzido na cadeia de sinal. O processo de indução do tanque se assemelha ao funcionamento dos captadores de instrumentos como guitarras e baixos elétricos. A característica de injetar o sinal pelas molas é análogo em vários aspectos a reverberação natural de um ambiente acústico e, por isso, o tanque de mola também é comumente chamado de tanque de reverb. 

Cada tipo de tanque de mola tem uma característica distinta que pode ser aplicada nos mais diversos contextos onde o efeito de reverberação é desejado. As variações sonoras dos tanques de mola ocorrem devido às características físicas como: comprimento das molas, quantidade de molas e tempo médio do decay. Em geral, cada tipo de tanque simula um ambiente acústico diferente com características de reverb análogas aos parâmetros de reverberação do ambiente. 

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ENTENDENDO AS DIFERENÇAS FÍSICAS E SONORAS ENRE OS TANQUES

Em Breve

Referências e fontes úteis: 

www.anatomyofguitartone.com/home/a-brief-but-complete-guide-to-guitar-reverb

www.premierguitar.com/gear/lords-of-the-springs

www.soundgas.com/blog/which-vintage-spring-reverb-is-best/

www.theproaudiofiles.com/spring-reverb/

www.amplifiedparts.com/tech-articles/spring-reverb-tanks-explained-and-compared

Fotos por Thais Mallon

Textos por Fernando L'amounier 

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A animação na última imagem não é de nossa autoria. Direitos sobre a imagem é de Berklee College of Music. 

Os nomes Accutronics, Belton e Accu-Bell são propriedade da Accu-Bell Sound Inc. A molll audio devices não tem direitos sobre essas marcas. 

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